Trocava toda sua pose de empresária bem sucedida nos finais de semana. Saía sozinha pelas ruas mal iluminadas e fétidas da cidade à procura de um barzinho bem vagabundo onde pudesse beber uma coisa qualquer inebriante sem qualidade, e quem sabe ter uma boa dose de sexo com algum desconhecido sem visão de futuro.
Nao entendia direito aquilo. Tinha dinheiro, frequentava bons lugares, mas nada lhe dava tanto prazer quanto cruzar a cidade e se misturar às outras mulheres vulgares como se fizesse sempre parte daquele nicho.
Sua roupa era predominantemente preta, sua cor da sorte, e o número da sorte é o 7.
7 dias na semana , e ela escolhia os sábados. 7 pecados capitais, e ela escolhia a luxúria.
Era um direito dela.
Muitos remédios no dia seguinte pra conseguir se manter um pouco na cama e se recuperar da bebedeira e do cansaço. O corpo pedia descanço, a mente pedia mais noites inconsequentes.
E o coração pedia um amor de verdade.
Mas ela fechara o ouvido pro coração.
Agora ela só ouvia o q tinha no meio das pernas.
Um amor não correspondido pode mudar uma pessoa pra sempre. Pra pior. Muito pior.
Tanny Pontes
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