terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Ritmo Frenético


Ja fiz tudo q podia ter feito pra isso dar certo, e agora minhas tentativas frustradas e tristes se arrastam pelo chão.
Ao menos a chuva - que silenciosamente perversa e cruel arrasta casas, sonhos e vidas - promete não deixar vestígios.
A gente tenta, chega no limite, relembra de tudo, volta, faz de novo, apaga, rabisca, passa por cima, vence... e de nada adianta.
Pensa que é hora de voltar ao início, e se dá conta de que nem saiu de lá.
Talvez o problema seja só comigo, pois nunca sinto-me saciada de fato.
Ou fato é que nunca me sacio. Já nem sei.
Não sei quando foi a ultima vez q fui inteiramente feliz.
Talvez tenha sido quando ganhei minha primeira e única bicicleta, aos 7 anos.
Embora 2 meses depois ela tenha sido totalmente esquecida, eu fui feliz aquele dia. Ou quando caí no banheiro e tive q levar 5 pontos no queixo *-* SEMPRE quis ser costurada.. Mas agora é diferente. Agora TUDO é valendo o risco de um futuro tresloucado.. Um amor infindo, ou simplesmente acabado. A infância se foi... e com ela os risos intensos É tudo perigoso A seriedade da vida me faz refletir Reflito até cansar E quando canso Levanto e penso q o ser humano é louco.


Pq de fato, ele é!

domingo, 23 de janeiro de 2011


E o meu coração embora finja fazer mil viagens...
Fica batendo parado naquela estação.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Por: Flaviana Alves *-*

Suprasumo

Até que fim você chegou. Sua ausência já me tomava a paciência.
Poder deitar no seu colo e não ter medo de chorar, olhar em seus olhos e te contar tudo sem dizer uma só palavra, mesmo estando a uma cidade de distancia... era essa a falta que eu sentia.
Sentir seu sorriso me traz calma. Descarregar em ti todo o meu estoque de charadas sem graça... e rir. Te falar um monte de besteiras só pra ter toda sua atenção. Te xingar desesperadamente, gritar com você apenas porque não sei expressar meu amor de uma bela forma, porque ele não é belo. Ele é tomado de mazelas, ele é burro, ele apenas uma construção abandonada... mas guarda a sinceridade e a honra de um coração fiel.
Enquanto a saudade se despedi eu te deixo envolta aos meus sentimentos mais dramáticos e desesperados. Lhe peço desculpa. Desculpa por isso, desculpas por me envolver em uma manta de frieza e brutalidade, e não te transmitir o calor, a alegria e a doçura que mereces... o tempo passou e eu já não sei mais como fazer isso. Desculpas por as vezes tomar conta da sua vida e meio que mandar em você, acontece que eu me desespero quando sinto que algo possa machucar ou entristecer você, e eu nunca tenho palavras belas pra te consolar, então me deixo levar pelos meus impulso mais brutos na tentativa de proteger. Desculpa a ingenuidade em alguns momentos, é que tem partes do meu passado que ainda tomam conta de mim. E por ultimo, desculpas não escrever tudo, é que enquanto eu tentava te dizer o que eu sinto algumas palavras, acredito que as mais intensas, escorreram pela minha face, limpando a poeira que a solidão esqueceu de por em sua mala.

sábado, 1 de janeiro de 2011

[retirado do meu caderninho]

Tomei meu banho em meio a lágrimas. A água do chuveiro confundiu-se com aquela outra, salgada, triste, q deixava meu corpo, q lavava temporariamente a dor ( se é que se pode medir a dor em tempo. Se é se pode medir a dor de alguma maneira qualquer imaginável ). Dor.
Doía muito.
Saí do box horas depois..inteira, viva.Mesmo não acreditando q estava.
Quando aquele sentimento deu as caras, do nada, em meio a um banho qualquer, eu me deixei levar... Eramos somente eu, a água, e as paredes. Então pra quê segurar?
Mas eu podia jurar q parte de mim tinha ido pelo ralo, literalmente.
Me enxuguei. A toalha abafava os gritos. Gritos mesmo, como nos filmes.
Só agora entendia o sofrimento desesperado daqueles personagens todos..
Eu me sentia um deles.
A diferença é que isso aqui é a vida real. Um choro nao cessa com um simples "Corta!".

Enfim.. consegui voltar a respirar normalmente ( ou acahava q tinha voltado), me vesti, e quando ia sair do banheiro... ví aquilo!
Aquele mesmo nome q me pego sussurrando,pensando,rabiscando...encontrando em meio a outros nomes de marcas, ou lugares...
Estava alí...escrito entre as gotículas do vidro temperado.

Como?


Quem o havia escrito?


Quando?



Estou enlouquecendo...






o.O
[...]Desde então comecei a medir a vida não pelos anos, mas pelas décadas. A dos cinqüenta havia sido decisiva porque tomei consciência de que quase todo mundo era mais moço que eu. A dos sessenta foi a mais intensa pela suspeita de que já não me sobrava tempo para em enganar. A dos setenta foi temível por uma certa possibilidade de que fosse a última. Ainda assim, quando despertei vivo na primeira manhã de meus noventa anos na cama feliz de Delganina, me atravessou uma ideia complacente de que a vida não fosse algo que transcorre como o rio revolto de Heráclito, mas uma ocasião única de dar a volta na grelha e continuar assando-se do outro lado por noventa anos a mais.

Trecho do livro "Memórias de Minhas Putas Tristes" , de Gabriel García Márquez