terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Ódio


Quero derramar sobre ti todo o ódio que guardo em meu porão
Quero te fazer sentir toda a dor que pode existir nesse mundo
Quero que grite o mais alto que pôde imaginar que um dia suas cordas vocais seriam capazes, só pra te esfregar na cara que ninguém jamais te ouvirá.
Eu quero, com todas as minhas forças, que todos os males dessa vida recaiam sem piedade sobre teu corpo imundo, e sobre tua alma podre.
Quero que você se ferre, se foda, se mate..
Quero que você precise de um amigo, de uma mão estendida, pra perceber que está sozinho na merda desse planeta.
Quero que você saiba que a toda ação há sempre uma reação oposta e de igual intensidade. Palavras de Newton, querido. E como todas as suas ações foram destrutivas em relação aos outros, já se pode imaginar seu triste fim. Estou até com dó.
Quero ainda, que você perceba quantas oportunidades perdeu de ser feliz, e que não pode voltar atrás, por que você é um reles mortal, assim como todas as pessoas nojentas da sua mesma laia que te cercam no chiqueiro que é essa sua vida ordinária.
Quero que você se sinta numa caixa de concreto, perdendo o ar pouco a pouco, e quando achar que está na pior, que as paredes se fechem vagarosamente, esmagando cada pedaço ridículo dessa porcaria que é a sua matéria que um dia teve a ousadia de poluir e ocupar algum lugar no espaço.
Quero tudo isso, por que além de ser altamente capaz de amar, eu descobri com você que posso odiar. E odiar muito.
Eu te odeio. E me sinto mais humana com isso.

Otário.



Tanny Pontes

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